quinta-feira, 9 de junho de 2011

Trilhão da Amizade – Barra do Choça

Por, Aniel Costa Cruz “Ziggy”

O IMC – Itapetinga Moto Clube, Loucos por Trilhas, marcou presença no evento que reuniu aproximadamente 90 pilotos de Barra e regiões adjacentes, sendo os representantes do IMC; Batman, Morcegão, Ziggy e o Piloto emergente Édton o Radiador Furado e os afilhados do Batman: Cachorro-Doido e o filho adotivo Laion.
A topografia da região já prometia um trilhão emocionante, o que se confirmou ao longo das 8 horas de trilhas.
As trilhas foram bastante diversificadas e apimentadas com presença leve de uma chuva fina e fria.
O roteiro incluía uma ida a Caatiba com declives acentuadíssimos e retornando a Barra com aclives fortes.
O que assustava alguns pilotos de cara foi uma descida hiper-escorregadia, os comentários eram incessantes: “Tudo que desce sob”. Todos já imaginavam como iriam subir a serra em algum lugar naquela região, visto que estávamos descendo, óbvio que teríamos que retornar subindo.
Foi um verdadeiro coquetel de trilhas diversificadas: trilhamos em estradinhas nos pastos, em roças de cacau, matas, chácaras de lima, tangerina e diversas travessias de córregos pedregosos e muita lama. Contemplamos o visual de uma cachoeira belíssima um verdadeiro presente no olhar. Houve piloto que “viajou” imaginando-se perdido com uma gata naquelas terras “desfrutando” também da cachoeira.
O que impressionou foi o festival de motos quebradas; ouvir informação que até as 19h00min, havia motos e pilotos ainda no campo desesperados esperando socorro.
Uma grande expectativa estava no desempenho da nova maquina do Morcego, a AJP 200 apelidada de “Agepê em sua segunda trilha, segundo comentários do piloto a suspensão estava show, copiou até pedras enormes na maior classe. Porém nem tudo é festa, quando exigiu potencia pra subir as benditas serras, o disco de embreagem não resistiu. Respeito às serras de Caatiba.
O Kário “Batman” fez uma excelente trilha, largando no pilotão de elite e concluindo todo trajeto estabelecido junto ao “Cachorro Doido” e outros três pilotos. Segundo Batman apenas cinco pilotos concluíram o trilhão, afirmou ainda que o retorno a Barra foi de tirar o fôlego, devido as serras imensas.
O Radiador Furado logo no inicio quebrou o pedal de macha tendo que abandonar o Trilhão, o Filho Adotivo do Batman, não agüentou a pressão da trilha pesada e desistiu imediatamente.
E para nós que por várias circunstancias não concluímos o trilhão, ficou a promessa dos irmãos trilheiros de Barra de fazer o retorno conosco do IMC a qualquer momento.
Chegando a Barra fomos recepcionados com uma gostosa feijoada.

Parabéns a galera de Barra do Choça e Honda pela organização do evento.

Salve Salve!
Ziggy  

domingo, 15 de maio de 2011

Enduro da Chapada


Por, Cacá Varanda

Boa noite a todos.
 
Esta prova tenho quase certeza que será um “enduro de regularidade” com boas trilhas e médias possíveis para todas as categorias . Os organizadores são experientes e o mais importante:  Não tem que provar mais nada a ninguém!!!
 
Eu sou do tempo em que todos os pilotos que largavam, chegavam. E mais, a diferença de pontos entre o primeiro colocado e o décimo por exemplo, não ultrapassava 1.000 pontos. Hoje, temos diferenças de mais de 5.000 pontos entre o primeiro colocado e o segundo de uma mesma categoria. Perder mais de 5.000 pontos esta comum este ano.
 
Na primeira corrida (Itaparica), largaram 109 pilotos e 26 não concluiram uma das etapas, 29% não terminaram a prova.
Na segunda (Santo Amaro), largaram 95 pilotos e 86 não concluiram uma das etapas, 91% não terminaram a prova.
Na terceira corrida (Itapetinga), largaram 78 pilotos e 52 pilotos não concluiram uma das etapas, 67% não terminaram a prova.
 
Na minha opinião, a grande maioria dos pilotos estão neste esporte para competir, se divertir, rever amigos, tirar o estresse do dia a dia, etc.... Acho que ninguem quer correr riscos com médias que muitos organizadores não conseguem manter nas condições do dia e em ritmo de corrida, mesmo conhecendo as trilhas. Isso eleva os riscos de acidentes, quebra de equipamentos e consequentemente as despesas mensais, já que a maioria dos pilotos que conheço são amadores e não recebe nada em patrocínio.
 
Não sou a favor de trilhas leves e estradões. Acho que deve sim, ter trilhas onde 100% dos pilotos consigam passar e andar na média. E se algum piloto achar que esta fácil, que zere todos os PCs e vença a prova.
 
Abraços,

 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Enduro de regularidade: uma constante emoção.




Por, Aniel Costa Cruz “Ziggy”


Nesse sábado 16 de Abril, o Itapetinga Moto Clube – IMC, realizou um brilhante evento sendo a sexta edição do Enduro Baiano de Regularidade – Rota do Boi. Foram 121 km de percurso de tirar o fôlego dos pilotos.
O que marcou bastante esse evento foi à organização do mesmo, desde a recepção inscrição e o levantamento da prova com precisão nos mínimos detalhes.
O reflexo do evento foi perceptivo com a chegada dos pilotos, pois empolgados com a prova, demonstravam pouco interesses pelas pontuações obtidas, enaltecendo assim a beleza das trilhas e todo percurso que foi brindado com leves picos de chuvas, apimentando ainda mais os desafios propostos.
Na verdade sempre pensei em escrever algo sobre o Enduro, essa modalidade que apaixona a todos que tem o privilegio de participar.
Trilhar penso que dispensa comentários, pois o prazer em vencer os desafios transpondo obstáculos e chegar a lugares altos que ampliam nossas visões; ver o quanto percorremos pra chegar a determinados lugares... É uma satisfação extraordinária, faz lembrar Cidade Negra, quando diz na canção: “... Você não sabe quanto “caminhei” pra chegar ate aqui.
Lembro-me também de uma fala de um guia de trilhas de montanhas em Ouro Preto – MG, que afirma: “... chegando ao topo, final da trilha, tem-se aquela convicção que embora a vida tenha negado algumas oportunidades, ali, ele tem a certeza que ainda pode mais”. O segredo continua na vontade, querer e persistir.
Alem dessas emoções, trilhar no Enduro Regularidade de Motos é algo que vou me esforçar para tentar descrever. A começar pelo nome ENDURO. No meio a cansaço e verdadeira exaustão física os pilotos chegam à conclusão: “... é por isso que chama enDuro, a coisa não esta fácil é dureza mesmo”, pois é pressão o tempo todo.  
Para os que não conhecem, durante todo o percurso existem os Pontos de Cronometragens (PCs), que cada piloto tem seu tempo ideal para passar, porem esses PCs estão ocultos, por isso obrigam os pilotos a pilotarem todo o tempo com as quilometragens programadas, portanto, estando fora do seu tempo ideal vai passar nos PCs adiantados ou atrasados deixando de pontuar ou perdendo pontos.
Mas quero chamar a atenção naquela situação em que o piloto encontra pilotando no seu tempo programado, ou seja, no cronômetro está marcando zero, o piloto esta navegando zerado, nem adiantado nem atrasado.
É ai que esta o clímax do Enduro, pois navegar zerado não é fácil, devido os obstáculos propostos nas trilhas: o piloto tem que acelerar em lugares difíceis e desconhecidos, guiados exclusivamente por uma planilha (mapa) que indica a direção a ser seguida.
Há uma exigência de concentração, habilidades e sorte de não tomar uma direção errada que vá causar prejuízos diversos.
Então quando vencemos essas diversas variáveis e consegue-se andar no tempo, zerado: vou te falar, é uma satisfação muito grande, um sentimento de completude, de realização pessoal de superação, nos faz perceber que podemos vencer, faz lembrar que na vida é assim também; e que o diferencial esta na persistência e acreditar que podemos ir mais além sempre.
Uma experiência pessoal ocorreu no Enduro em Senhor do Bomfim, depois de algumas provas tentando dominar a arte da navegação, planilhar, finalmente conseguir andar zerado no tempo; a emoção, alegria, regozijo a empolgação foram tantas, que eu acabei esquecendo a moto e levei aquele tombaço.
Outro momento inesquecível ocorreu nesse Enduro Rota do Boi, após subir a imensa serra denominada Corgão e trilhando no meio da mata escorregadia, tentando subir um pouco mais a serra e sem forças nenhuma, sem “pernas e braços” moto deslizando, só ouvia minha respiração forte ofegante, quando olho para meu lado esquerdo na mata, a 1m de distância: uma borboleta de cores inusitadas, cor preta dominante, com listas amarelas e com um desenho vermelho nas duas asas que fazia lembrar um sanduíche, tentando pousar nos galhos da mata. Em segundos toda essa percepção da natureza gerou energia ao observar a leveza da borboleta em contraste com meu desespero em tentar vencer o obstáculo.
Em fim Enduro é só emoção a verdadeira competição que existe é você tentando superar seus próprios limites.
Fazer parte desses grupos como membro da Federação Baiana de Motociclismo – FBM é um privilégio extraordinário, pois nos possibilitam conhecer lugares maravilhosos dessa imensa Bahia, seus diversos municípios, no lombo de uma moto.  
Ressaltar também o nível altíssimo da amizade que é desenvolvida nos grupos pela presença marcante do companheirismo e ausência total de inimizades e violência. A seleção é natural e por cima.
Parabéns a todos Enduristas, pilotos e organizadores que amam esse esporte pelo Brasil adentro.

Salve! Salve!
Ziggy

domingo, 20 de março de 2011

Minha amiga Noranei


Por, Aniel Costa Cruz

Hoje poderia ser mais um dia ensolarado, com muitas sugestões para desfrutar desse domingo, porém nessa existência num mundo com tantas possibilidades e variáveis, por vezes somos apanhados de surpresa com eventos e situações das mais diversas possíveis, por vezes trazendo sofrimentos.
Seu nome é Noranei, viúva já algum tempo e mãe de dois filhos ainda adolescentes, pessoa que a conheci desde a minha infância dessas amizades que agente não perdi por nada, pois existe algo mais, um elo mais forte que nós mesmos.
A Nora, como comumente a chamávamos, pessoa ímpar de sorriso largo e otimista a extremo, guerreira, personalidade forte, porém ontem fim de tarde a encontrei em Itabuna num leito de hospital, tentando vencer mais uma enfermidade que lhe aparecera.
Respirando com dificuldades, bastante ofegante com uma mascara de oxigênio, emocionou com minha presença, vi correr lágrima de seus olhos: que momento inesquecível. Mas que dizer a alguém que você ama nessa situação?
Sentir necessidade de ler umas frases da bíblia antes de viajar esses 145Km, e acredito que não foi coincidência localizar de prima o texto de Romanos 8 :28,29 que diz:  “Sabemos que Deus age em todas as coisas, de modo que trabalhem em conjunto para o bem dos que o amam e são chamados de acordo com seu propósito. Pois Deus conhecia de antemão as pessoas e as escolheu para se tornarem iguais ao seu filho”.
Foi à mensagem que deixei para minha amiga, reafirmando que Deus estava no controle de todas as coisas e que essa era mais uma etapa que ela estaria para vencer e que nós a amávamos e Deus muito mais que todos e não estava alheio a situação que ela estava passando.
Não sabia que aquele momento seria uma despedida desse plano físico, mais foi muito intenso estar ali segurando sua mão esquerda sentindo toda sua energia pulsante.
Hoje pela manhã Deus a convocou para a eternidade.
Ha um texto bíblico que diz ser “melhor ir a um funeral do que a uma festa”. Tenho compreendido esse significado, pois quando perdemos alguém tão próximo percebemos o quanto esses valores materiais que agente busca tanto são efêmeros e passageiros, entendo claramente que de tudo o que importará mesmo é estarmos preparados espiritualmente para esse dia inevitável: o dia da passagem, da mudança de plano, o primeiro instante na eternidade.
E Nora viveu sua vida com essa certeza baseada na Palavra de Deus, de que essa vida aqui era apenas uma preparação para tornar-la semelhante a Cristo.
Resta apenas pedir a Deus conforto para seus dois filhos, sua mãe, irmãos e demais parentes e amigos, pois como ela era muito querida e amada, deixou uma lacuna enorme nos corações de quem a conheceu.
O nosso conforto é a certeza da sua crença indubitável nas promessas do Mestre dos Mestre Jesus Cristo de Nazaré, que assim como disse a um dos ladrões que morrera ao seu lado na cruz; “ Hoje mesmo estarás comigo no paraíso”, de igual modo já está com Noranei também desfrutando do mesmo paraíso.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Enduro em Itapetinga

Parque Poliesportivo da Lagoa em Itapetinga - Conhecendo um pouco mais

Por, Aniel Costa Cruz “Ziggy”


Uma das coisas que fascinam em Itapetinga é esse Parque Poliesportivo da Lagoa, que além de sua beleza nos oferece várias opções de lazer, esporte e um restaurante com um Píer com cardápio apreciável, onde você pode também alimentar belos peixes, cágados e de vez em quando, se tiver sorte, pode avistar um Jacarezinho de longe.

É um cenário perfeito para você e sua família desfrutar em Itapetinga com custo “zero”.

Alem dessa contemplação visual o Parque oferece quadras de esporte, onde a garotada pratica futebol à vontade, proporcionando aos jovens uma opção saudável que distancia a juventude de desvios de condutas, contribuindo assim para uma sociedade melhor.

Além das quadras o Parque oferece três pistas para atletismo, com opções variadas, para correr ou andar, com elementos naturais fascinantes nos percursos.

A pista 1, a externa, cada volta percorrida mede-se 1277m (um mil duzentos e setenta e metros), você pode arredondar para 1250m, a conta fica fácil, a cada 4 voltas percorre-se 5000m ou 5km.

A sensação dessa pista 1, é poder sentir a brisa suave, o vento no rosto amenizando o desgaste físico em decorrência da caminhada ou corrida exaustiva.
Outro detalhe são as árvores, os eucaliptos exalando seu aroma e frescor naturalíssimo, que inspira uma atmosfera saudável do campo.

Apenas esses elementos já nos impulsionam a ganhar as pistas.

Já a pista 2, conforme ilustra mapa, uma volta completa tem 892m (oitocentos e noventa e dois metros), podendo arredondar para 900m, logo 5 voltas você percorre 4500m ou 4,5 km.

Essa pista 2 tem um novo elemento interessante de perceber, que é a proximidade com a lagoa. Correndo nessa pista você sente a umidade relativa do ar carregada, é prazeroso respirar esse ar puro revigorante e refrescante. Só correndo lá pra entender o que estou descrevendo na essência da palavra.

A pista 3 é a menor de todas, porem mais larga, sendo assim ha duas medidas para essa pista: a externa e a interna. Correndo pela borda externa da pista, uma volta tem 340m (trezentos e quarenta metros); já correndo pela borda interna, uma volta percorre-se 296 m (duzentos e noventa e seis metros). Sendo assim, pode se arredondar a externa para 350m e a interna para 300m e facilitar os cálculos nas corridas.

Essa é minha contribuição para os atletas de plantão e para aqueles que haverão de aderir às pistas.

Minhas considerações:

Acredito que um dos enormes privilégios em ser Humano, no sentido da existência, é perceber a natureza e seus encantos.

Por incrível que pareça há pessoas que não conseguem gozar dessa dádiva, parece ter algo que as impedem de sentir, perceber e enxergar à beleza a riqueza em coisas eminentemente tão simples.

Talvez seja esse tal cotidiano que nos empurra e conduz a caminhos que nem mesmo sabemos onde estamos indo; é uma necessidade de ter, de acumular capital, afinal vivemos num país capitalista e esse fato parece justificar nossas ações em busca desses bens.

Ocorre que essa busca não deveria ofuscar a nossa paz interior a paz de espírito, pois para percebermos as coisas grandiosas dessa vida é preciso estar em paz, só estando em paz para percebermos o valor das coisas simples.

Que possamos a cada dia redescobrir o valor das “pequenas coisas”.

Que o Parque Poliesportivo da Lagoa possa ser seu novo campo de observação, que os elementos naturais do Parque possam falar com você, aliás, ele  esta falando...

No mais aquele abraço.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Voltando as Trilhas !!!

Por Aniel Costa Cruz “Ziggy”


Por alguma razão ou motivos diversos o trilheiro afasta das trilhas. Seja uma moto quebrada e você não encontrou a peça, ou mesmo uma jogada financeira e ai teve que vender a motoca ou o pior, um acidente e muito tempo no estaleiro se recuperando ansioso pra retornar as trilhas ou não.

Na verdade uma coisa parece ser consenso geral: afastando das trilhas o retorno é sempre mais complicado, o piloto perde ritmo, demora mais tempo pensando do que agindo e perde também a confiança, devido às condições físicas não estarem tão favoráveis para o esporte.

É preciso muito esforço para retomar as atividades e encarar novamente os desafios de um trilheiro.
Os motivos que impulsionam o retorno são diversos. Porem, basta relembrar as ultimas trilhas que a adrenalina já começa a pulsar nas veias de um genuíno trilheiro. 

Impossível esquecer o companheirismo do grupo e as belas paisagens capturadas ao longo das trilhas, sem falar nas sensações diversas vivenciadas em cada penhasco ou travessias e aquele cheiro de terra molhada que nos fascinam.

Às vezes ouço um trilheiro dizer que vai dar um tempo nas trilhas devido à quantidade de acidentes que esta ocorrendo a cada mês etc. Fico pensando, o que é a vida sem os riscos os desafios! Nós temos aparência de seguridade, pois na realidade todos estamos vulneráveis devido a nossa natureza frágil. Penso que viver já é um risco e aventurar na vida é viver intensamente.

Estamos fazendo história a cada trilha. 

Todos nós amamos a liberdade e estar no lombo de uma moto expressa todo esse sentimento: livre para ir onde nossos olhos desejam. Remetem-nos a uma idéia de transcendência, arremesso; transportando-nos para lugares que seria difícil ir de outra forma.

É isso que fascina e faz com que o trilheiro rompa com os impactos negativos, os medos e se lança mais uma vez nessa fascinante aventura, pois ele tem a certeza que será imensamente recompensado. 
Acredito que voltar as trilhas é o encontro do trilheiro com ele mesmo.
Que possamos nos encontrar a cada sábado ou domingo e assim sermos mais felizes e realizados na certeza que estamos fazendo aquilo que gostamos

Salve! Salve! Simpatia!


Ziggy

O apoio feminino nas trilhas

Falar do apoio das mulheres, esposas, namoradas, mães ou mesmo amigas nas trilhas é algo desafiador, pois algumas são avessas totalmente ao esporte em decorrência de diversos fatores que parece justificar tal aversão.
Podemos citar como exemplo o medo que ocorra acidentes ou mesmo a ausência dos seus parceiros nos finais de semanas. Há relatos de esposas que não conseguem relaxar enquanto o parceiro não retorna da trilha, tamanha a apreensão dessas.
Quanto a apoiar e incentivar o parceiro a pratica de um esporte comum, nenhum problema, a questão surge de fato quando se trata de um esporte de risco que possa comprometer a integridade física.
Nesse contexto, apesar dos acessórios de segurança o risco é eminente. Entendemos que as preocupações são fundamentadas e certamente nós agradecemos com todo sentimento de gratidão existente.
Ocorre que esse esporte assim como outros, traz benefícios enormes para saúde física mental e psicológica. Os relatos são constantes da renovação proporcionada pela atividade física, percebemos que o apoio feminino tem suas raízes nesses pilares.
Esse apoio nem sempre tem sido constante por parte de algumas parceiras devido aos fatores acima citados, porem num pensamento mais amplo, é praticamente impossível conceber a vida dos parceiros sem a concordância e o sentimento de completude. No cotidiano sempre um haverá de ceder à vontade do outro para ambos se completarem.
Podemos citar um pensamento popular que diz; “ao lado de um grande homem ha sempre uma grande mulher”. Certamente esse dito é uma verdade para ambos os sexos, pois um sempre tem essa “graça” em completar o outro mesmo que seja num mínimo aspecto da convivência.
Analisando o oposto, a falta de concordância nas decisões cotidianas resulta sempre num desastre ou coisa parecida. Olhe que isso tem a gênese lá na infância, com nossos pais, quando nos diziam não façam tal coisa e, em se teimando e fazendo, sempre algo negativo acontecia.
É muito comum o piloto acordar em um sábado ou domingo de trilha, e ter aquela sensação forte de que aquele dia é o dia, que vai andar muito, e que ta “sobrando”, tem energia de sobra e tudo mais. A digníssima acorda, dá aquele beijo e deseja boa sorte e às vezes ajuda ate o maridão a se arrumar (aqueles cuidados peculiares). Nesse dia realmente fazemos coisas que nem mesmo acreditamos: aquela pilotagem perfeita. Há quem diga nesse momento que não foi ele o piloto, é como se tivesse uma força sobrenatural no comando.
Ocorre também aquele dia que você esta afim de ir a trilha porem a sua parceira manda todo seu poder intuitivo, dizendo que esta com a sensação de que algo ruim vai acontecer, e que teve um sonho assim e coisa e tal, que esta com um presságio de algo ruim... Bom, é momento de reflexão, de avaliar realmente e fazer essa leitura fria se vale a pena mesmo ir a essa tal trilha. Pois de cara a “conexão” não esta boa, há algo desalinhado, desajustado a coisa não ta fluindo logo cedo e isso não é bom. Nesse caso o bom senso direciona o piloto a reavaliar suas convicções e decidir.
Vejo que o segredo esta em combinações, somando nos fortalece, ficamos mais fortes. Ou seja, é somar e tudo dará certo.
Outro lance legal de perceber é essa tal felicidade que todos nós perseguimos. Creio que não há coisa mais interessante do que perceber a felicidade do parceiro em suas realizações, seja no esporte, trabalho, cultura ou mesmo no lazer. Penso que a mola mestra da existência são essas conquistas diárias, mesmo que pequenas, mas, que deixa o parceiro de bem com a vida, sentindo-se valorizado naquilo faz. Isso fortalece, levanta os ânimos, dá aquele gás pro dia a dia.
O encanto das relações esta em cada parceiro apoiar aquilo que faz o outro feliz, o resultado todos já sabem: família grande, sucesso em tudo; filhos equilibrados e de bem com a vida.
Outro detalhe que impulsiona as mulheres nesse apoio incondicional, é que esse esporte não combina com o álcool, bebedeira, tomar todas etc. Não “casa” muito bem com as bebidas entorpecentes, pois necessitamos de todo reflexo possível para pilotar bem e evitar os acidentes. Esse aspecto saudável do esporte chama muito a atenção das mulheres apoiadoras, pois elas quase são unânimes e avessas a esse tipo de comportamento masculino.
Outro detalhe só para as mulheres pensarem um pouco, diz respeito aos desafios que enfrentamos nessas trilhas. Pense! Um piloto que consegue vencer tantos obstáculos, pilotar sobre as rochas, na lama, areia, nas travessias de riachos e por fim subir tantas montanhas, terá por acaso alguma dificuldade em galgar montanhas infinitamente menores, porem não menos importante é claro? Evidente que a disposição é outra. Esses exercícios nos deixam com as células renovadas e aptas para tudo, e nesse contexto, para o amor só temos mesmo que comemorar.
Entendemos que o apoio feminino dedicado aos parceiros esportistas não é apenas uma questão de companheirismo e sim de inteligência também.
Parabéns a todas as mulheres parceiras, amigas guerreiras e até patrocinadoras que conseguem perceber a relevância de nosso esporte e estão sempre lado a lado conosco não apenas apoiando, mas também arregaçando as mangas nos eventos, trilhas, trilhões e enduros.
Valeu galera
Salve! Salve! simpatia

Aniel Costa Cruz (Ziggy)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O trilheiro e o meio ambiente

Autor: Aniel Costa Cruz
Num olhar despretensioso, pode parecer desconexo o tema, mas, aprofundaremos no mesmo a fim de trazer à luz a contribuição dessa atividade sob duas rodas a natureza.

Essa apaixonada atividade acontece em diversos lugares, geralmente são locais de difícil acesso mesmo indo de carro ou na onze, porem com as motocas preparadas conseguimos o êxtase de deslocar e contemplar as belezas escondidas neste Brasil adentro.

Surge então uma questão: e essas motos percorrendo esses lugares não provocariam uma degradação ao meio?

Discorreremos sobre o questionamento a posterior, por hora vamos entender a relação do trilheiro com o ambiente.

Se formos buscar a origem da motivação desses aventureiros, o que alavancou essa atividade, que hoje no mundo todo existem grupos expressivos de pilotos, e sempre com uma historia pra contar... Evidenciando o motivo, o pontapé inicial que os levou a fundar esse ou aquele Clube coisa e tal... Certamente encontraremos belíssimos relatos desses grupos. Porem uma coisa chama a atenção; é que todos sem exceção são amantes, apaixonados pela natureza. São pessoas que se “escondem” através de uma agressividade ao pilotar, porém que se rendem facilmente diante de uma simples paisagem. A poesia, o belo, esta sempre a frente do Trilheiro.

Nessa arte em contemplar a beleza, o piloto desenvolve nessa caminhada uma estreita relação com os elementos terrestre encontrados; impossível não sentir o aroma invasor das flores as narinas proporcionando aquele bem estar, como não perceber o cheiro de terra molhada, a brisa, o deslocar dos ventos varrendo a floresta e misturando a nós? Só mesmo estando nesses locais para perceber.
Como vimos a uma interação do homem com o ambiente, há uma leitura observada, uma comunicação entre os seres.

Mas voltando a questão, e a maquina? E a possível degradação da maquina com o ambiente?

Na realidade os locais que pilotamos são estradinhas onde freqüentemente são transitadas por animais, são dunas, corredores de pedras e estradões. Esses locais geralmente são transitáveis porem de difícil acesso.
Dessa forma que pilotamos o impacto é mínimo visando sempre preserva os ambientes encontrados.

Outra coisa bacana que se percebe, é o nível de conscientização dos pilotos, regra básica: nunca deixar nada na natureza, o que se leva traz. Até mesmo o papel que envolve aquele cereal compartilhado é recolhido pelo ultimo beneficiado piloto e é colocado na ponchete. E tem mais, é fiscalizado imediatamente pelo grupo, os olhares se cruzam de forma impressionante pra ver o destino do material a ser descartado. Impressionante.

E pra fechar a questão, os pilotos são agentes fiscais da natureza.

Simplesmente pelo fato de transitar por esses locais carregamos a responsabilidade de também preservar o patrimônio publico natural.

Para aqueles que não nos conhecem, e nos avistam de longe, envoltos a uma blindagem de equipamentos de proteção e que faz lembrar uma armadura de guerra, que pensam sermos apenas um bando de sem juízos correndo desvairado no meio do mato! Jamais imaginariam que ali estão passando pessoas de diversas classes sociais: são delegados de policia, policias, médicos, juízes, empresários, promotores, advogados, profissionais liberais, pecuaristas, zootecnistas, agrimensores, escritores, doutores, mestres e especialistas em meio ambiente e muito mais.

Todos estes são trilheiros, porem carregam consigo uma responsabilidade social e que jamais estarão alheios aos problemas e situações que poderão ocorrer no percurso ou mesmo serem encontradas nessas jornadas pelas terras do nosso querido Brasil.

Sendo assim, o piloto a motoca e o ambiente têm uma relação intrínseca.

A todos trilheiros aquele abraço.

Acelerando sempre e nunca perdendo de vista as facetas dessas jornadas.

Salve! Salve! Simpatia!

A irmandade da Pedra

                                   Por, Aniel Costa Cruz Fim de semana chegou, a aventura começou Para alguns mais um domingo no Tik-Tok, Y...