segunda-feira, 9 de novembro de 2020

O cotonete

 

Por, Aniel Costa Cruz



 

A convivência a dois é uma experiência extraordinária para os casais. Nesse convívio muitos fatos acontecem no tal cotidiano, que se fossemos buscar relatos e fatos, certamente faltariam pergaminhos para registrar.

Nessa dinâmica das relações, é muito comum quando os casais se unem cada um com suas habilidades naturais ou adquiridas, começam desenvolver papeis cada um assumindo aquele que mais tem facilidade em executar e assim tornar a vida matrimonial mais leve, se é que seja possível. Lembrando que isso ocorre de forma sutil, sem programar, naturalmente. Tenho um exemplo muito prático, os homens não gostam, não tem paciência de irem a supermercados, lojas... Isso configura como perda de tempo, homem gosta mesmo de sair pra beber, o resto é papo furado, a mulher que fique o dia todo e noite no shopping, e ainda ficam estressadas porque não conseguiram ver tudo.

Na minha antiga vida de casado não foi diferente, porem quando foi pro saco a relação, começou minha aventura. Morando sozinho passei a comprar tudo pra minha casa e necessidades básicas. Sentia-me totalmente perdido nos supermercados, açougues... Uma loucura. Achava que comprava tudo, porem quando dava conta em casa faltava isso e aquilo, por muito tempo isso se repetiu.

Sabe de uma coisa amigos, essas mulheres entram em nossas vidas e assumem um papel de feiticeira que resulta em bloqueios mentais. Nesse contexto, um dos itens que não conseguia comprar nem com reza braba era o tal do cotonete. E vocês sabem do que estou falando: após o banho, ouvidos coçando... Aquela sensação quase comparada a um orgasmo, cotonete entrando roçando dentro do ouvido, olhos fechados, concentração do “caraio”.

Então, o tempo foi passando e nada de colocar o bendito na lista de compras, bloqueio mesmo, coisa de maluco. Até que com dois anos nessa minha vida pós-separação, finalmente consegui comprar o tal cotonete. A felicidade voltou... Pra garantir que não volte nunca mais à maldição já compro as caixas. E assim tive a certeza da libertação desse encanto.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Porque Fazer Trilha?

Por, Aniel Costa Cruz "Ziggy"


Esta pergunta desperta curiosidade em diversas pessoas. Uns acham que somos um bando de loucos desvairados correndo sem destino, subindo e descendo simplesmente pelo desejo de correr ou de se cobrir de lama. Outros acreditam tratarem-se simplesmente de aventureiros ou desocupados sem ter mesmo o que fazer.
São muitos os motivos a descrever nessa imaginação popular e por isso mesmo frequentemente somos abordados sobre essa temática FAZER TRILHAS.
Difícil mesmo é descrever algo que você sente a alguém que não conhece as sensações.
Na tentativa de elucidar as questões por vezes resumimos dizendo que a adrenalina é forte, que é prazeroso, que distrai e por ai vai…
Muitas são as razoes a enumerar nessa busca desvairada em conceituar o esporte. Estou certo que não esgotarei o tema, este texto será apenas uma pequena contribuição.
Uma das coisas logo observada, de cara mesmo, é a solidariedade: impossível fazer trilhas sozinho. Frequentemente estamos precisando um dos outros, seja um empurrãozinho aqui ou ali… Uma moto a ser rebocada ou consertada, uma barra de cereal a ser dividida, coisas assim…
Inimaginável mesmo é visualizar onde essas “magrelas” são capazes de chegar. São montanhas e vales que nos permitem um contato direto com a natureza puríssima, desfrutando do seu aroma perfumado e diversificado, um presente no olhar, na contemplação do belo nos mais altos penhascos, nas matas e sem falar na invejável sensação do cachorro na janela do carro, com aquele vento na cara… Demais.
Outro aspecto interessante são os desafios nos percursos. Difícil acreditar que se possa vencê-los, transpassa-los. Contudo, nas tentativas incessantes, superando os impactos negativos, os medos, e lançando impetuosamente sob os obstáculos finalmente os vencemos de forma impressionante.
Percebemos com essa façanha que a vida é assim, similar as trilhas, e que assim como nas trilhas, o dia a dia é recheado de desafios e neste contexto o esporte nos encoraja e impulsiona a lutar e nunca desistir das metas e projetos propostos na caminhada da existência, pois, apesar de parecerem difíceis, a experiência nos mostra que o segredo é sempre acreditar, acreditar e acreditar.
Alguém já disse que esse esporte deveria ter o nome de “No Limite”, haja visto que por vezes esgotamos todas energias possíveis.
Difícil acreditar que estando no “lombo” de uma moto alguém iria se esgotar dessa maneira. A verdade é que depois de 8 hs de trilhas, passando por vários obstáculos, a “magrela” começa a agigantar-se. É ai que surge um diferencial: quando o HOMEM completo começa a ressurgir.
Nesse momento há um alinhamento, uma convergência de objetivos e o ser tricótomo (composto de Corpo Alma e Espírito) começa a expressar de forma magnífica, onde o corpo sem energia busca força no seu Eu interior que o impulsiona a seguir avante culminando no sonhado objetivo final.
Penso que, quando chegamos nesse nível há uma purificação da mente (alma) onde o corpo “zerado” sem forcas pra nada, cede espaço para o homem interior (o Espírito) tornando assim um ser humano melhor, menos prepotente e mais equilibrado.
Em fim, fazer trilhas é um exercício para a vida, é harmonia com o ambiente é se sentir a própria natureza em perfeita simbiose.
Que possamos desfrutar cada vez mais desse enorme privilegio de forma consciente não perdendo nenhum detalhe nessas jornadas.

Família do cônjuge não é sua família





Esse tema parece óbvio, porem quando você muito jovem faz o que normal uni se a uma mulher, automaticamente a família da esposa e a própria te envolve no seio da convivência com seus pais onde começa tudo.

Na minha situação ainda muito jovem aos 16 anos de idade comecei a namorar uma também jovem de 14 anos e assim começou essa odisseia.

Deixando minha família, terra natal, pra morar em outra cidade a 190 km de minha inesquecível Santa Cruz da Vitória, permanecendo em minha querida Ipiaú grande parte de minha vida, onde me casei e nasceram meus três maravilhosos filhos.

De família religiosa de principio judaico cristã, acreditei mesmo que casamento era pra sempre e nesses pilares constituir a minha tão sonhada família.

Nesse contexto depois de 34 anos de relacionamento o imponderável acontece, e o casamento acaba, vem o divorcio que sempre é doloroso e traumático e a realidade se impõe a toda àquela ideologia, pregada, ensinada religiosamente por todos aqueles envolvidos: líderes religiosos, pastores, padres e no caso específico aqui; sogra e sogro que ao longo do tempo mentiram pra mim, pra você fazendo nos acreditar que agora somos uma família. Uma das frases mais marcantes que se houve é que agora os genros passaram a serem filhos. Grande engano amigos, tudo não passa de um engodo, sabotagem... São enganadores, falsos, que falam coisa com coisa pra te envolver nessa ilusão.

Portanto se você deseja entrar numa relação matrimonial, nunca deixe sua família seus parentes seu sangue. Aquelas visitinhas à família dela sejam controladas, balancei a equação, pois a tendência é a parceira te puxar, pois os tentáculos dessas figuras não têm limites nem tamanho.

A vida segue seu curso, nossos pais verdadeiros morrem e sua família de verdade agora são seus filhos, seu sangue meu sangue, portanto digno de todo nosso amor e carinho. E nunca esqueça: sua mulher ou seu marido não é seu sangue, é apenas um contrato que a qualquer momento pode ser rasgado.

A irmandade da Pedra

                                   Por, Aniel Costa Cruz Fim de semana chegou, a aventura começou Para alguns mais um domingo no Tik-Tok, Y...